quinta-feira, 22 de novembro de 2018

«O Nome da Cidade (Digo ...)»

- Crónica, de Catarina F. Almeida, em «As palavras do regresso»   [«Blogue» de Joel Neto; já não]

Excerto  final:
[...] Numa rua do Castelo, à frente de um quartel desabitado com a melhor vista fantasma da cidade, mora ainda a minha infância. Levo comigo, para toda a parte, as portadas brancas dessa casa onde o sol não entra, mas avança. Adoro o som dos meus passos no soalho de madeira, a voz clara dos poetas brasileiros que os meus pais ouviam de manhã, e a casa dos avós, ali tão perto, que se atravessava a passos largos, nas tardes de luz e de ópera. Por vezes, ouço o grito solitário dos pavões, cativos nos jardins de São Jorge, e lá por dentro estremeço: o que é voltar a casa? De que fios se urde a sensação, haverá algum segredo, alguma fórmula para descrever o lugar onde nos esperam, intactas, as nossas ilusões? 
      Vejo Lisboa de cima, recortada na asa do avião, aparecida no fundo de uma cortina de nuvens, distante ainda, mas evidente – e a cidade atinge-me com a força de tudo o que ainda sou. Nas suas ruas, ao entardecer, conspiro a minha próxima errância. Naquela esquina de que me esqueço, e onde alguém tentou escrever um verso, volto a encher-me de esperança. De todos os lugares do mundo, só Lisboa me vê partir. Há nela uma passagem para o eterno que não chega a ser secreta, porque o lugar de onde somos nunca o tempo o fez ruir.

sábado, 10 de novembro de 2018

Lisboa(s) [Fotogramas Soltos das] - Cardoso Pires

- Leituras, «Videografadas» - (de 2008) - de «Lisboa, Livro de Bordo»...
- do Arquivo-Videoteca Municipal; no YT

domingo, 21 de outubro de 2018

«Cá vai a smart Lisboa...» - OU «Turista não descansa»

- [já nem ao domingo de manhã se pode ir ao CH...]

- 8:30 - esquina da José Falcão - várias trotinetes esperam ser recolhidas... [Neg. - Tecno explora mais ou menos os Trab.s, tornados «recibos verdes»?]
- 8:45 - na outra esquina, grande (e abrasiva) Poça de Mj., junto à caixa da EDP...
 - 9:45 - na Docel, antes do serv. religioso, a Geração do Leste da ponte V. da G. (agora avó) dedica-se aos «duchesses»...
[ah, e o senhor que D. pensava ter sido Func. no P. M., fora afinal o Func. do Teatro Anatómico da Nova, o sr. Carlos....; eh, eh...]
- 10 e 45: duas «chinfrineiras»: a do «Speaker» (de conversa Idiota...) da «Corrida Montepio» (tudo Laranja), em pleno Parque de Diversões Rossio; a das Rodinhas da Malta do Norte, Ch. abaixo...
- 11:30: subindo para a Penha, constata-se que é mais difícil a um Turista fazer-se passar por LIsb.a do que... [«e o resto não se diz...»]

- ” Ser smart não é vender a alma ao turismo" -  frase de arquitecto, citada 
na crónica «Lisboa é um donut com chantilly», de Bárbara Reis, de 02 de Novembro, no Público

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Lisboa Cidade Branca (Tanner)

- é de 83, o filme (de 5 anos antes do INC. no CH....); 
- deve «andar por aí» o DVD em que o viu; já foi há muitos anos..., mas D. lembra-se do Jogo de identificar os cenários do filme no Mapa, sempre em transformação, da Cidade e, também, no Mapa de Infância de D....; e agora, será no Mapa da Lisboa Turisticada...
- entretanto, pode ser «revisto» no YouTU

domingo, 19 de agosto de 2018

«Daqui, desta Lisboa...» - O'Neill

Daqui, desta Lisboa compassiva,
Nápoles por suiços habitada,
onde a tristeza vil e apagada
se disfarça de gente mais activa;

daqui, deste pregão de voz antiga,
deste traquejo feroz de motoreta
ou do outro de gente mais selecta
que roda a quatro a nalga e a barriga;

daqui, deste azulejo incandescente,
da soleira de vida e piaçaba,
da sacada suspensa no poente,
do ramudo tristôlho que se apaga;

daqui, só paciência, amigos meus!
Peguem lá no soneto e vão com Deus…

Alexandre O’Neill, Poesias completas…, 2017, p. 279



domingo, 5 de agosto de 2018

domingo, 22 de julho de 2018

Pátio da Galega


- fotografado da p. 10 de «Pátios de Lisboa - Aldeias entre muros»,  de Ana Cristina Leite, João Francisco Vilhena, Caminho, 1991 - deixado na «Mesa das Trocas», com PÓ e cheiro; levado pela D. A., pagem da C. R. [...]

- ficava em frente de um dos ESTAM. onde o menino D. se «abastecia» quase diariamente de «B. D.» [...]

- fica à Boavista e não a S. Paulo; legenda incorrecta, portanto

- mais, AQUI

domingo, 3 de junho de 2018

«Lisboa vestigial»

- enquanto houver MEMO, D. poderá colocar a sua Lisboa «em frente» desta,  depois...
- Lx. em Roteiro de jornalista brasileiro, no Público de hoje:

Recorte Final:
Na errância, dos becos da Alfama caio num plano inóspito da Rua da Alfândega. Constato que o cais não recebe mais invasores, comerciantes, artistas, aventureiros, muito menos amantes. Agora, a cidade turística mata a sede dos curiosos e quase tudo está fora de alcance. Resta a partida, o Tejo e o mar.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

sexta-feira, 23 de março de 2018

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

«Lisboa revisitada» - Castro Mendes

- convocar João Zorro, Fiama e Pessoa (Campos e «Mensagem») em seis versos é Obra...

LISBOA REVISITADA

Perdem as casas suas várias cores
e as barcas novas aguardam melhor maré,
à falta de vento.
Deixámo-nos ficar?

Há uma nau que nunca regressou.
Essa será a nossa.

Luís Filipe Castro Mendes, Outro Ulisses regressa a casa, Assírio & Alvim, 2016, p. 15