Ascensores, Lisboa tem 3;
- para qual deles remeterá o poema, o soneto, de José Luiz Tavares, poeta cabo-verdiano?;
- G. arrisca que sabe*
12.
da solidão, prossigo no encalço duma esbelteza
nórdica, inda um aviso em forma de tabuleta
cidade em gangrena, pois já está salvo
quando a urbe inteira se estende assim em alvo.
- para qual deles remeterá o poema, o soneto, de José Luiz Tavares, poeta cabo-verdiano?;
- G. arrisca que sabe*
12.
Já não sobem varinas de ginga e canastra
neste elevador. Mas vai a gente em altiva
arribação, manso ronrom de roldana já gasta,
a astúcia das mãos mantém a atenção viva,
que sempre foi o desvelo pelo alheio sageza
que prescinde de anúncio. Confiável estafeta da solidão, prossigo no encalço duma esbelteza
nórdica, inda um aviso em forma de tabuleta
rezasse: “cuidado, a beleza mata.” Mas eu
durmo nos telhados da dor, com umacidade em gangrena, pois já está salvo
o que com a própria
língua sustém o céu.
Não dói muito a ausência de relva ou carumaquando a urbe inteira se estende assim em alvo.
José Luiz Tavares,
“Lisbon Blues”, in Relâmpago, n.º 20,
2007
*... errou; é o de Santa Justa; quer na edição brasileira [...]. quer finalmente na portuguesa, da Abysmo (com ilustrações de Pierre Pratt) vem identificado...(p. 99, 11.º na secção «Último Cabo»