do novo livro de Manuel Alegre: - Nada está escrito
LARGO DE CAMÕES
E sempre que alguém volta és tu ainda
[múltiplos Ecos: do próprio L. de C., de Sophia, de Sena...]
LARGO DE CAMÕES
E sempre que alguém volta és tu ainda
vens de Ceuta e da seta e da Índia e Macau
de lira enrouquecida e pala preta
és tu ainda e o nosso nome é Jau
corta-te o Paço a tença e o frade o verso
a pátria agradecida te deserda
és tu ainda e o nosso nome é Jau
corta-te o Paço a tença e o frade o verso
a pátria agradecida te deserda
vais pelas ruas de Lisboa de muletas
e os pombos enchem-te de merda
no Largo do teu nome no país dos poetas.
Manuel Alegre, Nada está escrito. Lisboa, D. Quixote, 2012 (Abril), p, 76
[múltiplos Ecos: do próprio L. de C., de Sophia, de Sena...]
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