- R. «desencantou» excertos da «Escola do Paraíso», para enviar a A., «que ainda Mora aqui», futura Grande Leitora...; e um curto ensaio de Mexia, de 2009 (!!!)
Recorte deste:
[...] A Escola do Paraíso é um estudo da pequena burguesia lisboeta como classe em que mais se notam as convulsões políticas e as mudanças comportamentais. É por isso uma elegia melancólica e vitalista das ruas de Lisboa. Miguéis [...] em vez de optar por um realismo de interiores, importante na tradição portuguesa, põe as personagens constantemente nas ruas, tornando assim a rua uma personagem por direito próprio, não apenas na medida em que a rua é o palco constante da vida quotidiana mas porque naquele momento, como noutros, a rua se tornava sujeito histórico. É na rua que as coisas acontecem. [...]
Recorte daquele:
Para ir ao Colégio desce-se a S. Mamede: seria mais simples ir por cima, à Rua dos Milagres, mas o pai, ao sair de manhã para a sua vida, acompanha os filhos até à meia-laranja, onde os beija e se demora um pouco a vê-los subir a curva suave da rampa. No cimo, à esquerda, numa casinha oculta entre prédios mais altos está o Colégio. [...]
A escola do paraíso, p. 38
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