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| Ilustração de Mónica Cid, para a «Crónica Urbana», «Rua da Conceição», de Alexandra Prado Coelho, na REV. «2», p. 31, do Público de hoje  OU AQUI 
RECORTE FINAL:  
Mas o que mais me encantava eram os botões. Caixas e caixas de botões, e nós 
à procura de um igual ao que tinha caído da manga do casaco — ou então, 
decididas a arrancar o da outra manga para substituir os dois por outros mais 
bonitos. No exterior da caixa, de lado, alinhavam-se como uma família cinco 
botões iguais, do maior até ao mais pequeno. Dentro da caixa, a família 
multiplicava-se e misturava-se, e era preciso encontrar os dois gémeos com que 
íamos sair da loja, embrulhados num pedaço de papel tão pequeno que a minha avó 
tinha de o guardar no porta-moedas para não o perdermos. 
Voltávamos para casa com o problema resolvido — e o mundo parecia organizado 
como uma caixa de botões e confortável como uma meada de lã.    
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[C. passa  amiúde pela Rua da CONC. - está no percurso do «28» [hoje, «enchumaçado» de TURIS)
- aí visita uma das últimas Papelarias «decentes», a única onde compra o PONT-CAN com que «macaqueia» a AUTOR... no QUAD. - (um dia, o FUNC lembrou que, «só na Baixa, eram mais de quarenta...»)]
- aí visita uma das últimas Papelarias «decentes», a única onde compra o PONT-CAN com que «macaqueia» a AUTOR... no QUAD. - (um dia, o FUNC lembrou que, «só na Baixa, eram mais de quarenta...»)]
- em prédios degradados, resistem as RETROSARIAS 
[nas casas da INF de C., a visita da Modista - a DONA LAURA, por décadas - chegou  a  ser  semanal - eram 6 pessoas, 3 crianças - havia sempre roupa para arranjar, modificar...]

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