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Rua do Carmo, década de 50, Arquivo Municipal de Lisboa - Fotográfico/Cortesia família Costa Cabral, do «P2» |
Não se ouvem aves; nem o choro duma nora! / Tomam por outra parte os viandantes; / E o ferro e a pedra - que união sonora! - / Retinem alto pelo espaço fora, / Com choques rijos, ásperos, cantantes. «Cristalizações», Cesário Verde
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Rua do Carmo, década de 50, Arquivo Municipal de Lisboa - Fotográfico/Cortesia família Costa Cabral, do «P2» |
- [mais um poema, de obra recente, possível de ser incluído na Colecção Cesárias XXI...]
ATÉ SANTOS O VELHO
- o «Paraíso Alcoólico», OU «do Bairro Alto ao Cais do Sodré», a 23, na RTP, por Sandra Vindeirinho, na Série «Linha da Frente»: AQUI; [até a Igreja de S. Paulo «contribui» com um Terraço para um negócio espanhol de «churros»...; «e esta, hein?»]
- no último ano com Gente de «2.º Bloco» [08 - 09], R. empenhou-se a tempo na aquisição de bilhetes para uma sessão normal de «Os Maias» no Teatro da Trindade, isto é, fora do horário escolar, na tarde de domingo, com a restante população... - [sempre odiou as sessões «só para Qd.os» - no Estágio lá teve que «gramar» uma dessas: - Gil Vicente no Cinearte -];
- mais cedo, uma parte encontrou-se com R. no Cais do Sodré, para uma «mini-Visita Guiada», por Lisboa de Eça; [a verdadeira S. tb foi...]
- agora, a «reboque» da «Novela Panteão», «dossiê» Multi» no Público;
«Bartoon», de 9 de Janeiro:
- Nativo de 55, da Zona, todas as manhãs, de alcofas, D. ia com o Pai Velho ao Mercado da Ribeira Nova, e lembra-se bem de muitas das «circunstâncias» apresentadas neste longo Artigo, no «Público» - «A última Varina da Madragoa»;
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Varinas no Cais do Sodré entre 1950 e 1970 Amadeu Ferrari/Arquivo Municipal de Lisboa |
- muito mais tarde, de OUT-NOV de 81 a 31 de Julho de 83, «oficiou» no M. B., na Travessa dos Inglesinhos, no interior do Barirro [quem lavava os guardanapos, no Lavadouro Municipal ainda aí existente, era uma «EX-Varina», senhora muito forte, mas já idosa, de cujo Nome não se lembra, dos Nódulos Venosos nas pernas, sim...]
BES AGÊNCIA DE SÃO PAULO
- lembra-se, pelos 15 - 16 (final do 5.º ano), de assistir ao «desenhar» da Grande Estante, na casa de móveis ao cimo da Calçada, já perto do Calhariz [paga pela avó FORM.a, está há muito no ESC.o do GLH...]; durante anos, manhã cedo, a caminho do P. M., a alcançava quase ao fundo, vindo da Travessa do Alcaide; mais tarde, na FAC, houve a CONC., tb. aí moradora e tb. aluna do P: M. [...]
- lisboetas, moradores, de Origem ou não, de perto do que já foi um Santuário do Silêncio = «Lavar a Vista pensando», começam finalmente a «reagir» à «Praga de Veículos Ridículos»; «Uma bagunça...», artigo do «Público de hoje:
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Rui Gaudêncio |
[...] Nessa altura, conta, aquele ponto de observação panorâmica não fazia sequer parte dos roteiros turísticos. “Era um lugar fantástico, como se estivéssemos numa aldeia. Nem as pessoas da Graça costumavam cá vir. A partir de 2014, os tuk-tuks começaram a tomar conta do sítio. E isto está cada vez pior”, reclama a moradora, [...]
BRASILEIRA
- de livro de 2015, dito no «Vida Breve» de 15 de Abril de 2024;
LISBOA EM GAZA
- artigo sobre artigo de 1955, de escritora americana que viajou por Portugal entre Jan. e Abril de 1954, claro que interessa a D., nascido nesse ano (de 55); no «Público», Secção «Estado Novo»
Estrofe do poema de ontem, de Filipa Leal, da Secção «Revolução já! Poesia Pública», do «Público»
Revolução, já?
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Alécio de Andrade: o brasileiro que fotografou Portugal depois de Abril Lugar de fruta e legumes na Rua de S. Miguel, em Alfama, no Verão de 1974 ALÉCIO DE ANDRADE, ADAGP PARIS, 2024 |
- para D., «nativo» de dali perto, foi sempre uma Rua de «passagem» entre Chiado-Camões-Chagas-Bica e também a do «cinema Ideal» (15-17);
- Entrevista-Reportagem sobre os despejos versus «turistificação», a propósito do «regresso» de Exposição da Fotógrafa Luísa Ferreira
RECORTE(s):
Luísa Ferreira: “Foi como se tivesse ido levar os meus pais ao monte”
[...] Imagino que tenha sido um período muito difícil...
Curiosamente, os meus pais não se exprimiam muito. As outras pessoas do prédio andavam muito nervosas. Os meus pais também andariam nervosos e tristes, mas não expressavam muito isso. Fotografei o meu pai da última vez que foi ao cabeleireiro, à Barbearia Campos [entretanto, encerrada], ali ao lado da Benetton [no Chiado]. Fotografei a última vez que estiveram os dois sentados no [Largo de] Camões. Algumas coisas assim. Era o tipo de imagens que fazia sem a intenção de mostrar.
[...]No texto da exposição, fala de uma cidade sem rosto. Consegue identificar o que é que está a acabar e o que é que está a começar na cidade?A maior parte do que está a começar são coisas que nem me apetece entrar lá. Quando falo em cidade sem rosto, quero referir-me a outra coisa: passo pelas pessoas na rua e já não reconheço ninguém. Já quase não há espaços onde se entra e se reconhece alguém. Com os turistas não há relação, estão de passagem. Portanto, não há afectividade, não há memória, não se estabelece uma ligação.Há muitas lojas a abrir e a fechar rapidamente. E na Baixa é só lojas de pastéis de nata, uma invasão do pastel de nata, abrem uns em cima dos outros.. [...]
- Crónica de M. E. C., de 24 -03: «Nativos, precisa-se» [...]
- de muitos «Estabelecimentos» como o da Foto de Luís Pavão se lembra D., da ribeirinha zona por onde cresceu...; captada da «Agenda Cultural de Lisboa», de Fevereiro ; FotoGaleria no »Público», «´»Ipsiçon», de 14 - 02;
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Taberna na Rua de S. Mamede, 1981:[...]Luís Pavão construiu um arquivo de forma metódica, e que agora serve de ponto de partida para Lisboa Frágil, uma exposição que celebra o seu abundante corpo de trabalho desenvolvido entre os finais dos anos 1970 e os anos 1990 e 2000. - a 29 de Março, Reportagem, na «Local do «Público» = «Peregrinar», com o Fotógrafo, em busca dos (Vestígios dos) «Tascos» fotografados; «Casa Resina»: |
- Nativo da Zona referenciada no artigo do «Público» (Bica, Cais do Sodré, Chiado, Santa Catarina, Combro e... adjacentes), R. há muito que só por lá passa, de manhã, bem cedo... (e, às vezes, os cheiros....); [à distância, na MAD.a, nos idos de 80, assistiu ao «início» disto...?]
RECORTE(s):![]() |
Arquivo Municipal |
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«As Banhistas», de Almada Negreiros, fez parte da primeira colecção |
- longa Entrevista de C. Portas - a sair da Rua Anchieta, espera-se que para outro ponto do Chiado - ao «P2»; Recortes:
- num destes dias, R. «repetirá» a Deambulação, rigorosa ou «inventarial», hoje descrita na Crónica de Bárbara Reis («Ainda vamos ter saudades...»; depois, anotará no Calendário as datas futuras nela inscritas, nas quais, de 4 em 4 meses, a Cronista confirmará (ou não) o que nesta são «previsões»...;
RECORTE(S):
- fechada a ESP-C.º SOC. dos Manos D. + A., resta a do Jardim da P. P. Couceiro, e só de manhã, nestes dias de Brasa;
8 / Lisboa é fácil de abarcar. Já vivo nela há muitos anos. Cheguei para estudar, e depois para lá viver. Vejo-a do alto de cada vez que a sobrevoo de avião. Deslaça-se e contorce-se sobre edifícios grandes e periclitantes, abre-se em pequenas rotundas, hospitais e bibliotecas que são como blocos de cimento no meio do trânsito. Às vezes chegamos a voar do Sul e assaltamos a cidade pelo lado do rio, pela ponte vermelha, pela margem fervilhante de gente. Às vezes chegamos do Norte ou do Nordeste e atravessamos o ar das periferias desfiadas, voamos tão baixo que podemos ver as pessoas às janelas, os pátios com as cadeiras cá fora, os terraços com a roupa a secar. Ao longe, a ponte Vasco da Gama parece um fio fino de pastilha elástica que se alonga de uma margem à outra, de um lábio ao outro. Lisboa cabe toda ali, apertada entre a periferia e o rio. E cresce em altura, sobre as colinas. Mesmo quando se apanha o cacilheiro, até à margem sul, ela cabe num olhar, de uma só vez com a sua fachada cimeira, aquela mais exposta, a mais pomposa e superficial. Podemos abraçá-la inteira num olhar breve, de Santos ao Panteão, e mais além.. Os seus primeiros e segundos planos, as ruazinhas verticais, as esquinas aguçadas. Parma, por sua vez, é inabarcável. [...]
Serena Cacchioli, Demasiado estreita, esta morte, 2023, p.19
Outros Recortes: AQUI;
- D., que, sempre bem cedo, deambula por esta Lisboa [- onde cheira a chch e a sujidade contrasta com as coloridas Hordas...] - , continuando a visualizar a outra**, teria que destacar esta Crónica de M. E. C.
RECORTES:
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De «Welcome to Paradise», de A. Jorge Gonçalves; da Casa da Editora, «Orfeu Negro» |
- um específico «imbróglio» («ainda» só com uma década...?), numa das mais «características» ruas da Baixa: o caso do Ateneu Comercial (1880 - 2012) - artigo-reportagem na «Mensagem», jornal de (e para) Lisboa;
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Reproduzida da «Mensagem» |
RECORTE: [...] Mas aquilo que hoje resta do Ateneu, no Palácio Povolide, no n.º 110 da rua das Portas de Santo Antão, é uma memória. Não está em ruínas, mas está praticamente fechado. Há anos que a história se conta assim num dos locais mais nobres da cidade.[...]
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A empresária soube há meses que o contrato da loja na Rua Anchieta não ia ser renovado — já está à procura de outro espaço na zona do Chiado |
- evocações «coloquiais» de uma professora e tradutora finlandesa, de 56 anos, então jovem estudante, na Lisboa (mas não só...) de 1986; no suplemento «Artéria» (do «Público»), com fotografias da própria
Recorte:
[...] Era demasiado tímida para me dirigir aos escritores que lia e admirava. Alguns só vi de relance; a figura esquiva de Maria Judite de Carvalho no longo corredor da sua casa, uma vez que Urbano Tavares Rodrigues me convidou aí, para me apresentar a João de Melo, cujo romance estudava. Com outros cheguei a colaborar; Wanda Ramos, que estava doente na altura e acabou por morrer, sem eu saber da gravidade da situação. Alguns eram professores meus; David Mourão-Ferreira ou Joaquim Manuel Magalhães. Com Saramago, coincidi em várias ocasiões, em Madrid, em Helsínquia, em Lisboa, uma vez inclusivamente sob a velha figueira do Jardim da Estrela, mas nunca ousei iniciar um diálogo. [...]
( a leitura de «Oníricas», 2023, reconduziu D. à secção da Estante da Sala onde estão os títulos de Ana Marques Gastão, e a «L de Lisboa», de 2015...)
[ o quinto dos cinco poemas traduzidos por L. F. P. P. e ontem colocados na sua Casa - Do Trapézio sem Rede»)
Lisboa
- entre Outubro de 81 e 31 de Julho de 83, D. oficinou na Travessa dos Inglesinhos (M. - B., decorada por Isabel da Nóbrega, para a Dupla Oliveira - Antunes, da V. da M., onde S. almoçava quase todos os dias, vindo de Casa, da Rua da Esperança...); [em 2002, no ANIV. de J., na nova TRAV., no CONV. das Bernardas, ainda era ANT. que ...; agora, em AGO de 22, no passeio com a General e M., avistou-se «uma sombra»...
- na novel «Mensagem», artigo - roteiro necessariamente reduzido ("um passeio") sobre essa LX Saram., tanto na Ficção como no Mundo Empírico [...]
- pelas 9, o «enevoado» permitia a descida até ao Martim Moniz (propalado «Roteiro Cosmopolita-Inclusivista»...); alternadamente, Estabelecimentos Turísticos e Estabelecimentos Abandonados (estes, a serem transformados em mais daqueles...); quanto ao Martim Moniz, Praça Central (onde «em tempos» havia «estatuetas históricas» e Repuxos...), não será propriamente «a cereja..».; é ir lá, «ver para crer»**...; (Lx é uma Cidade Pequena..., em cada Esquina...; o que faltará?)
** [final de Outubro: «vaga mig. Timorense» tem surgido nos meios de Comunic....]
- é o verso de Campos, de «Lisbon Revisited» (a Fortuna, em «diálogos entre Artes», deste poema, enche [...] ...), é o Livro, «Ensaio-Visual», de 53, de Palla-Martins (idêntica Fortuna..., a partir de «décadas depois»..)- já nestas casas várias vezes referenciado, é o DOC. de João Trabulo, de 2021, ora colocado na «RTP-PLay»... [que lá se mantenha disponível...]